…é a primeira vez que partilho com alguém.
São precisamente 3 horas da manhã. Sentado no escuro onde o que só ilumina a sala são as glorificas luzes da Árvore de Natal que, como sempre, a minha mãe capricha na ornamentação. Não se passa um Natal que não o faça, quando já todos estão a dormir, ao som de boa música. Desta vez, de novo, melodias de Natal. Só que desta vez lembrei-me de registar o momento, e partilhá-lo com quem sentir curiosidade.
Colocando o computador no colo e abrindo o programa de escrita fui escrevendo…Numa época onde se alegram os céus, apesar da chuva e do vento, todos andam felizes. Como se costuma dizer: o melhor da festa é esperar por ela. Eu acrescento o melhor da festa é esperar ansiosamente por ela, e vivê-la intensamente. Adoro o Natal! Adoro tudo o que ele transmite. Adoro como as pessoas se cumprimentam. Sempre com um sorriso, como se os votos de “Boas Festas” lhes estivesse, naquele preciso momento, a fazer lembrar a magia que esta Festa já os acarretou e imaginado a que os vai provocar dentro de dias.
Momento de família, de união, onde só se fala de coisas boas, no melhor que a vida nos dá. Esquecendo sempre que na vida nem sempre tudo nos sorri. Adoro o Natal! Adoro esse meu momento anual. Onde sem sorrisos, sem pessoas alegres, sem cumprimentos, fica difícil não lembrar dos que menos podem. Dos que, como vi numa reportagem da TV, ficam deprimidos nestas épocas. Consigo classificar, mas nunca quantificar o que pensam e o que sentem. Penso logo, o quão sorte tive comparando-me com tantos outros, que nesse preciso momento estão em lugares e em condições, que nem ouvir uma simples melodia de Natal podem fazer.
Não peço mais. Não quero natais supérfluos, que só desumanizam o real espírito do nascimento. “Só” isso chega! Quero-o sempre todo o ano.
E vou ter! Aventuram-se a acompanhar-me?
Mais uma vez: que o espírito natalício perdure sempre…BOAS FESTAS (acabei de me lembrar).