20.1.09

Dá que pensar...


Já há algum tempo que tenho pensado nesse 'ponto de vista' em relação à crise. Que ela é real, todos nós o constatamos. Mas não será que já estão a exagerar? Instalando-se o medo nas pessoas? Não se devia incentivar em vez de fazer exactamente o contrário?
Fica a história...
Alguém resolveu promover uma corrida entre os sapos. O percurso extendia-se por quilómetros onde haviam muitos obstáculos naturais. O primeiro sapo a chegar receberia como prémio um lugar privilegiado para viver e dele desfrutar para o resto da vida.
Entusiasmados que estavam, todos eles se inscreveram para a corrida, e ela finalmente iniciou. Os outros bichos que assistiam gritavam palavras de incentivo.
Pouco tempo depois do início alguns já se mostravam cansados e começavam a surgir as primeiras desistências. Os bichos que assistiam já não incentivavam, porém assistiam atentos.
Mais tarde, ainda com mais desistências, pior do que não incentivar, os bichos desencorajávam-os. Ainda mais difícil se tornava, visto que os espectadores passavam a emitir insistentemente as suas opiniões negativas, incentivando-os a desistir. E isto fazia efeito na maioria deles, que desistiam, um após o outro.
Entretanto, havia um sapo que, além de não se importar com os comentários, parecia manter o ritmo inicial.
Aproximando-se da linha de chegada, olhando à sua volta viu que, embora todos os bichos acenavam e expressavam-se de todas as formas, ele era o único que continuava em competição. A maioria arrastava-se já, sem animo nenhum. Mas ele continuava, mesmo sem entender por que tantos desistiram.
Passando finalmente pela linha de chegada, recebe o troféu de vencedor e o respectivo prémio.
Porém, ao ser entrevistado por jornalistas, perceberam que ele não entendia nada do que perguntavam. Só então perceberam que ele era SURDO.
Moral: O que não falta são bichos destes na vida de todos nós. A meter medos, a desencorajar os mais audazes. A fazer-nos desistir de um objectivo.
Selecciona o que ouves e filtra a mensagem, até tirares o seu melhor 'sumo', o mais doce para a tua vida. Até porque desistir é 'morrer'. Logo desencorajar pode 'matar'. Não te deixes morrer, continua sem temer.

17.1.09

Algo que li e gostei...

«Neste cenário – o da globalização –, uma nova atitude de todos os actores organizacionais tornam-se condição sine qua non para que as coisas mudem: interiorizar a inovação nestes tempos que correm é um imperativo de todos e um elemento mobilizador e integrador da criatividade, das competências e capacidades de todos aqueles que se pretendem afirmar no mundo do trabalho como autênticos cidadãos da tal aldeia global – e só assim se conseguirá exercer efectivamente a cidadania organizacional.
O perfil do profissional da era do conhecimento deverá reunir não somente habilidades técnicas, não será apenas martelo na forja do aço feito prego mas, também, aptidões emocionais, cognitivas e afectivas.
De forma mais gritante ou, então, sussurrado mais silenciosamente, todos sentimos a necessidade de re-humanizar as organizações. Aí temos gente inteira, gente que quer ser mais gente, gente que se vê gente, gente que acredita na relação do outro enquanto gente. Gente que sente o peso da cabeça em cima de uma coluna cheia de feixes nervosos. E que sente. E que pensa. E que sente o que pensa. E que pensa o que sente. E di-lo. E fá-lo. E fá-lo acontecer com a dignidade da certeza feita vontade. E emociona-se por si e com os outros, e aperta nos lábios o grito incontido do êxito que é meu e teu transformado num nós que é gratificante e deferenciador de quem acredita na cidadania organizacional.»
José da Costa Dantas