4.3.08

E, infelizmente, é assim...

Costuma dizer-se que tudo o que começa acaba. Pois eu não sou muito desta opinião, ou melhor, não consigo ser desta opinião, por mais que veja coisas a começar e a acabar como se de portas a abrir e a fechar se tratassem. Naturalmente que é uma hipérbole, mas parece que é preciso começar a exagerar um bocado para que se comece a prestar atenção ao que realmente acontece no nosso Concelho da Povoação. Estou, naturalmente de acordo que a vida é um exemplo do que começa e acaba, isto é uma certeza. Mas neste caso nada se poderá fazer, não cabe ao Homem decidir isso. Noutros casos sim. Noutros casos cabe somente e, repito somente, ao Homem decidir o início e o fim das coisas.
Como estou ausente da Povoação, por estar a estudar fora, costumo ler a imprensa diária, semanal e mensal de toda a Região em formato digital.
O jornal Seara Verde era um exemplo dessa imprensa. E fiquei triste por não vir a público a sua última edição, “por falta de quórum”. E mais ainda, reparei que a página de internet da Associação Cultural Seara Verde está fora do ar. E pelo que se apresenta, por falta de pagamento da página. O que é muito triste.
Alguém tentou perceber o porquê? Alguém tentou perceber as razões, e digo, as verdadeiras razões. É porque se existe falta de quórum é porque não foi só o director do jornal que saiu, saíram mais pessoas. Quem foram? Porquê? Será que ouve algum conflito entre eles? Quem sabe…
É triste não ver este Jornal. É triste ver que há pessoas que se metem em associações como estas e que não cumprem os seus deveres até ao fim. A isto chamo falta de respeito. Falta de respeito para com a organização em si mesma e falta de respeito para com a população, e inclua-se, como é obvio, os não residentes, os nossos emigrantes, que se vêm privados do jornal, com mais tradição no Concelho e que lhes mostra as notícias do mesmo. Sendo ele, também, um espaço onde as pessoas se podem exprimir livremente.
Parece que vão para lá atrás de algum protagonismo no Concelho, muitos deles, se calhar, não tendo sequer noção do que se trata, não tendo noção que aquilo é de serviço público e não para serviço próprio, não honrando assim o estatuto que lhe foi concedido. É triste ver isso, mais vale ficarem quietos. Ou então escolham-se melhor as pessoas, criem-se melhor as equipas, para que estas se mantenham unidas para o bem e para o mal. Para que situações destas não aconteçam, que em nada dignificam a Associação, o Jornal e, claro, quem o representa.
Há pouco tempo, foi notícia internacional devido à organização do Congresso de Imprensa não Diária, apoiado até pelo Governo Regional. Tudo belo e bonito, e agora? Nada... Costuma dizer-se: “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”. Será que foi o caso? Será que ainda iremos saber mais alguma coisa? Os atentos, à espera ficarão, sem dúvida.

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